sexta-feira, janeiro 13, 2006

RECORDO AINDA

Recordo ainda... e nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...

Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...

Estrada afora após segui... Mas, aí,
Embora idade e senso eu aparente
Não vos iludais o velho que aqui vai:

Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai!...
Que envelheceu, um dia, de repente!...

Mario Quintana

2 comentários:

Anónimo disse...

Zé,teci comentário sobre a poesia sem saber que ela também estava aqui,porém, tinha a certeza de que havia relação com RETALHOS e todo seu conteúdo.
Fico pensando como fica sua cabeça quando revive os momentos difíceis através da memória.Acredito que como um filme que dá close em fatos mais marcantes.
Se um carinho pode aliviar dores,então,meu amigo,toma em suas mãos uma dose grande do meu e põe em seu coração.
Mary Lane

Anónimo disse...

companheiro PQ mais antigo estas a espera do que para escreveres um livrinho pa? ao menos po pessoal e pos netos pa?
honrar os mortos e unir os vivos (e o lema dos PQ de setubal,com o qual eu simpatisei muito)